Grupo de extermínio aterroriza os moradores do bairro
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Unidade Básica de Saúde abandonada |
MANAUS – Construção da Prefeitura, Casinha do Médico da Família, que deveria auxiliar na saúde dos moradores do bairro Lírio do Vale, Zona Oeste da Manaus, acabou como ponto de tráfico de drogas. A Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada na rua da Paz, foi desativada devido a problemas hidráulicos. Mesmo condenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa estadual), a construção continua de pé.
A equipe do portalamazonia.com constatou o abandono da casinha. Pixações com xingamentos, janelas abertas e lixo na esquina completam a cena da chamada “área vermelha”, região utilizada para o crime, de acordo com a líder comunitária, Lindalva Gomes.
Fechamento da UBS prejudica pacientes do Bairro
A agente de saúde Neia Queiroz lamenta o fechamento da Unidade Básica de Saúde do Lírio do Vale. Não apenas pela violência que se instaurou no local, mas porque os pacientes precisam ir até ao bairro vizinho para receber atendimento, na UBS Luís Montenegro.
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Para amenizar a situação, na primeira sexta-feira do mês, a agente de saúde e os outros profissionais realizam a distribuição dos remédios e aferição de pressão. “Queremos voltar ao bairro. Eu mesma já procurei outros terrenos para construção de uma nova casinha. Encontrei dois locais, mas infelizmente a prefeitura não se interessou”, afirmou.
Em nota, a direção do Distrito de Saúde Oeste informa que a equipe da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) 0-13, que antes funcionava na rua da Paz, no Lírio do Vale, está instalada nas dependências da Unidade Básica de Saúde Luis Montenegro, localizada na Avenida Desembargador João Machado, no mesmo bairro. A UBSF manteve atendimento às mesmas famílias da antiga área de abrangência, inclusive com as visitas dos agentes comunitários de saúde.
A nota informa ainda que a mudança foi necessária porque o antigo imóvel apresentou sérios problemas em sua infraestrutura. Na UBS Luiz Montenegro, tanto a equipe de profissionais, quanto os usuários do serviço, encontram condições mais adequadas de trabalho e atendimento.
Crimes na área
De acordo com a líder comunitária, Lindalva Cruz, já ocorreram dois assassinatos em frente à Unidade, depois de fechada. Ambos aconteceram no mesmo mês. “Aqui ainda não tem Ronda nos Bairros nem posto policial. O 19º DIP fica na Ponta Negra e atende, além do Lírio do Vale, mais seis outros bairros”, disse.
Na área, também há tráfico de drogas e prostituição a céu aberto. Segundo moradores, o bairro também sofre com a ação de um grupo de extermínio. Um bando de quatro a cinco homens, os ‘matadores’ estariam atuando no local. A suspeita é de que estariam praticando “crimes por encomenda”. As vítimas seriam usuários de drogas. Na falta de pagamento pelo entorpecente, usuários estariam pagando a conta com a vida. “A Polícia atua na comunidade e prende consumidores de drogas, bêbados e assaltantes, mas eles nunca levam estes matadores”, completou um dos moradores.
Líder comunitária se protege com grades. Foto: Lorena Paixão / Portal Amazônia
Moradores precisam ajudar polícia, afirma Comandante
Questionado sobre as ações da Polícia no bairro, o Comandante de Policiamento da Área Oeste (CPA Oeste), Coronel Feitoza, disse que verificaria a situação. “Os moradores devem cobrar por segurança, mas também ajudar a polícia, interagindo e passando as demandas ao CPA.”
As lideranças do bairro estão moblizando os moradores para lutar contra a violência. A Polícia apoia a causa. “Os moradores têm razão de cobrar segurança, sabemos que não está fácil, mas precisamos da ajuda deles para realizarmos segurança pública participativa”, completou Coronel Feitosa.
Sobre o grupo de extermínio, o coronel explicou que deve haver uma investigação, mas explicou que este trabalho compete à Polícia Civil e não a Militar.
A Linha Direta do supervisor da área do Lírio do Vale é (92) 9392-2456.
Informou: Portal Amazônia
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