Manaus - Correspondências, em Manaus, poderão ser entregues com até mais de 15 de atraso, devido à greve por tempo indeterminado iniciada, na manhã de ontem, pelos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafrafos (ECT), sendo o Sindicato dos Trabalhadores da ECT no Amazonas (Sintect/AM). A Empresa pretende “normalizar a situação o mais rápido possível”, conforme nota divulgada.
A greve é nacional e os trabalhadores reinvindicam reajuste e reposição salarial, além do aumento do valor do piso, da cesta básica e do vale alimentação.
De acordo com o presidente do Sintect/AM, Afonso Rufino, as negociações com a empresa iniciaram no dia 26 de julho e que terça-feira (13) foi a data limite para o acordo, o que não aconteceu. “Estamos pedindo a reposição da inflação do período que é de 7,24%, mais 24% de perdas, mas a empresa nos ofereceu apenas reposição de 6,87%. Também pedimos o aumento da cesta básica de R$120 para R$ 300, mas nos ofereceram R$ 140 e aumento do vale alimentação que hoje é de R$ 20,00 para R$ 30,00, mas só querem nos dar R$ 23,00. Todas as propostas ficaram muito abaixo do que queremos, por isso foi decidido pela greve”.
Rufino destacou que, no Amazonas, há 1.420 funcionários da ECT, sendo 800 só em Manaus. De acordo com ele, por dia, chegam 32 toneladas de encomendas e correspondências, no Estado, e a entrega das mesmas deve atrasar mais de 15 dias, pois a maioria dos trabalhadores que suspenderam as atividades são carteiros e atendentes. “Com as atividades normais, há casos de atrasos que chegam a 15 dias, porque o número de trabalhadores é insuficiente, precisaríamos de pelo menos 200 a mais. Das 32 toneladas, não são entregues nem 50% por dia. Imagina com as atividades paralisadas por tempo indeterminado. Os atrasos serão maiores”.
O presidente do Sintect/AM afirmou que os trabalhadores só voltam a trabalhar, quando chegarem a um acordo.
A diretora regional do Correios no Amazonas, Luquesia Mustafá de Lemos, informou que 172 trabalhadores aderiram a greve, até ontem, e que este número é significativo, mas que a empresa tem um plano de contingência, para que a população não seja afetada com a paralisação dos funcionários.
Em nota, a ECT afirmou que “os Correios ofereceram todas as condições necessárias para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012. Apesar de todos os esforços da empresa, a paralisação foi deflagrada a partir desta quarta-feira (14)”.
Comunicou também que “a ECT trabalha para normalizar a situação o mais rápido possível e está adotando uma série de medidas que garantem o atendimento à população brasileira: contratação de recursos, realocação de pessoal, realização de horas-extras e trabalho nos finais de semana.
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